Novas diretrizes para tratamento do HIV: mais foco em doenças comuns


Há muito se reconhece que a infecção por HIV não é mais considerada como uma sentença de morte. A "Associação de Medicina do HIV" (HIVMA) da Sociedade de Doenças Infecciosas da América (ISDA) publicou novas recomendações para tratamento, pois muitas das pessoas infectadas levam hoje uma vida normal e longa. O foco principal está agora no cuidado preventivo geral, semelhante àquele dispensado à população geral, escrevem os médicos na revista científica "Clinical Infectious Diseases"

Entre outras coisas, as novas diretrizes incluem a recomendação de que o paciente com HIV sob controle, deve ter os níveis do vírus monitorados no sangue a cada seis a doze meses, e não a cada três ou quatro meses, como anteriormente indicado. Atenção especial deve ser dada aos níveis de colesterol e triglicérides, pois, de acordo com o relatório, os pacientes com HIV são particularmente suscetíveis a níveis elevados.

Além das recomendações de triagem para diabetes, osteoporose e câncer de cólon, os pacientes HIV positivos devem ser vacinados contra infecções pneumocócicas, varicela, gripe e hepatites A e B. Uma seção das diretrizes também inclui doenças sexualmente transmissíveis.

"Os médicos precisam dizer a seus pacientes infectados com HIV que 'a doença causada pelo HIV está controlada e precisamos pensar no restante do seu organismo'. Assim como no cuidado primário em geral, tudo gira em torno da prevenção", disse a autora Judith A. Aberg da Universidade de Nova York. Além disso, ela enfatizou que os especialistas em HIV precisam estar familiarizados com todo o espectro de cuidado primário e os clínicos gerais também precisam entender qual o impacto da infecção no atendimento de rotina.

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